Quebrando o Mito:

Colégio Militar e o Ouro da Robótica Brasileira Escolas militares no Brasil tão na mira da esquerda – fazem robô de gente, dizem. Mas ontem, no Mundial de Robótica em Seul, cinco garotos do Colégio Militar Tiradentes, Maranhão, trouxeram ouro pra casa. Quinze, dezesseis anos, bateram os EUA, China, Japão – tudo. E são filhos de motoristas, faxineiras, gente simples que passou num concurso aberto pra qualquer um. Zero mensalidade. A gente critica exclusão, mas aí se esquece: particular cobra três mil por mês. Militar cobra zero. A gente critica disciplina de campo, mas aí esquece: evasão é zero, violência é zero, média no Enem é setecentos e cinquenta – três vezes a pública. Eles não usam farda pra desfilar. Usam farda pra treinar, pra aprender a cair e levantar, pra pensar rápido – como ontem, quando o braço do robô quebrou, e eles consertaram em cinco minutos. Não é doutrinação, é método. Quem chama de robotização nunca viu esses moleques rindo no pódio. Quem chama de elite nunca viu a mãe do capitão, que limpa banco, chorando de orgulho. Brasil ganha ouro, Brasil perde debate. Porque a gente prefere medo à matemática. E se ao invés de fechar escola, a gente abrisse mais?

Por: Eliana Jorge Clebe